Por norma, sou a favor das greves. Todas elas têm um fundamento e apesar de ultimamente serem imensas e nas mais vertentes áreas, a verdade é que todas elas têm motivo de ser. Bem dito sejas governo que estás a levar toda a gente ao limite dos limites.
Nestes últimos dias a greve que se tem falado mais é a dos professores. Sou filha, sobrinha e neta de professores, por isso estou bastante a par de toda esta situação e do desrespeito que cada vez mais se tem por esta profissão. Quem está de fora não tem mesmo noção do trabalho que está por detrás de uma sala de aula e do tempo que estas pessoas dedicam à escola que é muito mais do que se podem dedicar às suas famílias. Os professores fartaram-se e resolveram unir-se por uma causa e esta foi a melhor maneira de se fazerem ouvir (depois de tantas tentativas). Foi tudo muito bem pensado e organizado, desde as reuniões de avaliação como do dia de hoje que era o mais esperado, o dia do exame nacional. Ignorantes são aqueles que dizem que isto foi feito para prejudicar os alunos, mas será que é assim tão difícil de perceber que isto também é por eles? Que não é uma simples folga que lhes apeteceu fazer? e será que não percebem também que se não fosse assim, não teria o impacto que teve e não chegaria aos ouvidos de quem chegou? Acredito que as outras greves dos professores tenham passado ao lado de muita gente. E acima de tudo revolta-me muito mais quem não quer perceber o que se anda aqui a passar.
As estatísticas dizem que 90% dos professores aderiram à greve e a esses aplaudo de pé. Aos outros, nem sei bem o que dizer. Não percebo como é que depois de tudo o que lhes tem sido tirado e do que aí pode vir (que ao que se tem vindo a saber é péssimo), têm o cabimento de furar esta greve. Será que estão assim tão bem na vida para isto lhes ser indiferente? Assim é difícil, assim ficamos sempre na mesma. Aliás! pior..
Sem comentários:
Enviar um comentário