O Riscas.

1 de março de 2016

A parte ingrata de se ter um animal é que partem cedo demais...
O Riscas era um gato muito especial, era o gato dos meus pais e foi o Riscas que escolheu ser o Riscas e o gato dos meus pais. Ao contrário dos outros gatos (que paravam pelo pátio, mas cada vez que sentiam os nossos movimentos fugiam a sete pés), o Riscas não, ficava parado a olhar quase a pedir para fazer parte da família. E assim foi, o tempo foi passando, fomos-nos conquistando, ele foi conhecendo a casa, tinha o seu horário para ir lá comer mas nunca ficava a dormir, até que ficou 2 dias sem aparecer e quando regressou vinha a cambalear, e mesmo depois de lhe termos dado de comer, continuou mal. Depois de uma ida ao veterinário verificou-se que estava doente e de certa forma, salvámos-lhe a vida e disso ele nunca se esqueceu. Depois de ter estado uns dias internado passou por fim a ser o gato lá de casa e só saía para dar as suas voltinhas para ver se continuava tudo no sítio, mas a casa dos meus pais, passou também a ser a casa dele.

Era o gato mais meigo que algum dia conheci, super fiel aos meus pais e super mimado também. Sempre que alguém se sentava no sofá ou até mesmo no chão, ele saltava logo para o colo, só queria mimo, festinhas e dar turrinhas. Foi graças a ele que a Pantone aprendeu tão rápido como usar a areia, como e onde comer ou simplesmente brincar (aliás, eu quero acreditar que o Riscas é o pai biológico da Pantone, mas se não é, é sem dúvida o pai de coração). A primeira semana da Pantone em casa dos meus pais antes de vir para cá, foi toda passada com o Riscas e isso foi essencial para a sua educação, e que santa paciência o Riscas teve!








Já não era novo quando foi lá para casa, e visto que era um gato de rua, ganhou o mais variado tipo de doenças e foi isso que levou a esta partida cedo demais...
Este post não é para ser triste, é sim para homenagear e recordar a boa vida que fizemos por dar a este lindo gato e as boas memórias que ele nos deixou. Vai deixar muitas saudades e nunca será esquecido. Vai-me custar a próxima vez que for a casa e não o vir por lá, mas sabem uma coisa boa? O Riscas recentemente trouxe lá para casa uma amiga que até já tem nome, é a Pipoca! Ela andava sempre de volta dele e percebeu que nós éramos de confiança, então passou a ser visita frequente lá em casa também. Conquistou-nos num instante e ajudou muito nestes últimos dias a tomar conta dele e acima de tudo a fazer companhia. Sei que ela também vai ter muitas saudades do Riscas e apesar de não o substituir porque ninguém é substituível, é uma nova vida, uma nova alegria lá para casa, uma memória viva do nosso Risquinhas (pois também desconfio que é filha dele e irmã da minha Pantone!). Ficam também as fotografias de momentos que este lindo gato nos proporcionou.

E com isto já falei mais de gatos neste blog numa semana que em todos os 8 anos de blog. A vida tem destas coisas!

Sem comentários:

Enviar um comentário